Margarida e o gatinho perdido

Era uma vez…

Margarida era uma menina de cabelos dourados e olhos brilhantes como o céu num dia de primavera. Ela vivia numa casa aconchegante, rodeada de árvores altas e um jardim cheio de flores coloridas. Margarida tinha um amigo muito especial: um gatinho chamado Pipoca. Ele era branco como a neve, com uma pequena mancha preta na ponta da cauda, e adorava enroscar-se no colo de Margarida enquanto ela lia histórias.

Certa manhã, quando Margarida acordou, Pipoca não estava na sua cama, como de costume. “Pipoca? Onde estás?” chamou ela, enquanto procurava debaixo da cama e dentro do seu cesto favorito. Mas não havia sinal dele.

O coração de Margarida ficou apertado. “Pipoca deve estar por aí… talvez no jardim”, pensou ela, tentando não se preocupar. Mas, após procurar entre as flores, junto ao lago e até perto da horta, o gatinho continuava desaparecido.

“Tenho de encontrá-lo!” disse Margarida, decidida. Ela pegou no seu chapéu amarelo, colocou-o na cabeça, e saiu para procurar o seu amigo.

O Encontro com o Pardal Falante

Margarida caminhava pela floresta que ficava ao lado da sua casa. As árvores dançavam com o vento, e os pássaros cantavam alegremente. De repente, um pardal pousou num ramo próximo e chamou:
“Piu, piu! O que fazes sozinha, Margarida?”

“Estou à procura do meu gatinho, Pipoca. Viste-o por aqui?” perguntou Margarida, com esperança nos olhos.

“Vi, sim!” respondeu o pardal. “O Pipoca foi na direção do campo das borboletas. Mas cuidado, Margarida, porque lá há um pequeno riacho que pode ser difícil de atravessar.”

Margarida agradeceu ao pardal e seguiu em direção ao campo das borboletas, determinada a encontrar o seu amigo.

O Riacho e a Rã Brincalhona

Quando chegou ao campo, Margarida viu borboletas de todas as cores a voar em círculos, mas o riacho de que o pardal falara estava mesmo à frente. Era largo, com pedras escorregadias espalhadas pela água.

“Como vou atravessar?” perguntou-se Margarida.

De repente, uma rã saltou para uma das pedras e coaxou:
“Ribbit! Olá, menina! O que fazes aqui?”

“Preciso atravessar o riacho para encontrar o meu gatinho perdido, Pipoca”, explicou Margarida.

“Hmm, posso ajudar-te a atravessar, mas só se conseguires dizer o som mais engraçado que já ouviste!” disse a rã com um sorriso travesso.

Margarida pensou por um momento e depois fez o som de um pato: “Quá, quá, quá!”
A rã deu uma gargalhada tão grande que quase caiu da pedra. “Que som divertido! Vou ajudar-te, Margarida.”

Com a ajuda da rã, que apontou as pedras seguras para ela pisar, Margarida conseguiu atravessar o riacho. “Obrigada, senhora rã!” disse ela, com um grande sorriso.

O Coelho do Campo e a Pista de Pipoca

Do outro lado, Margarida encontrou um campo cheio de relva macia e margaridas brancas. Lá, um coelho cinzento com orelhas grandes saltitava alegremente.
“Olá, coelho! Viste um gatinho branco com uma mancha preta na cauda por aqui?” perguntou Margarida.

“Vi, sim”, disse o coelho, abanando o focinho. “Ele seguiu em direção à colina do grande carvalho. Mas parecia um pouco assustado com o som do vento.”

“Obrigada, coelho! Vou encontrá-lo”, disse Margarida, correndo na direção indicada.

A Colina do Grande Carvalho

Ao chegar à colina, Margarida viu o grande carvalho com os seus ramos fortes e folhas densas. Debaixo dele, lá estava Pipoca, enroscado e a miar baixinho. Ele parecia cansado e com medo do vento que soprava forte.

“Pipoca!” exclamou Margarida, ajoelhando-se e abraçando o gatinho. “Estava tão preocupada contigo!”

Pipoca olhou para Margarida e lambeu-lhe a mão, como se pedisse desculpa. “Está tudo bem agora”, disse ela com carinho. “Vamos para casa.”

O Retorno a Casa

No caminho de volta, Margarida e Pipoca encontraram novamente o pardal, a rã e o coelho. Todos ficaram felizes por ver que Margarida tinha encontrado o seu amigo.

Quando chegaram a casa, o sol começava a pôr-se, pintando o céu de laranja e rosa. Margarida preparou um cesto confortável para Pipoca e prometeu nunca mais deixar de cuidar dele.

Afinal, amigos tão especiais merecem todo o nosso amor e dedicação.

Moral da História

  • Nunca desistas de procurar quem amas.
  • Com coragem e bondade, podemos superar todos os desafios.
  • Amigos verdadeiros tornam a vida mais especial.

Perguntas e Respostas

  1. Por que Margarida saiu sozinha para procurar o Pipoca?
    Porque ela amava muito o seu gatinho e queria encontrá-lo.
  2. Como Margarida atravessou o riacho?
    Com a ajuda da rã, que lhe mostrou as pedras seguras para pisar.
  3. O que aprendemos com esta história?
    Que devemos cuidar bem dos nossos amigos e ser corajosos diante de desafios.

Idade Indicada

3 a 4 anos.

Tempo de Leitura

8-10 minutos.